O Gil Vicente de Ricardo Soares ocupa um lugar confortável na Liga Portuguesa, tal como tem dito o seu treinador. É uma equipa que pretende sempre, que possível sair a jogar desde trás.
A equipa Gilista joga num sistema híbrido, ou seja, quando está em Organização Ofensiva procura estruturar-se num sistema 4x3x3 clássico, onde numa primeira fase os defesas laterais procuram estar próximos dos defesas centrais, sendo uma opção de passe numa fase mais prematura da construção.
Os médios interiores (Pedrinho e Fujimoto) procuram constantemente movimentações de rotura no espaço central/lateral, enquanto, que os extremos (Samuel Lino e Murilo) inicialmente procuram dar a largura, e por fim, o avançado (Navarro) procura muitas vezes recuar para atrair a marcação do adversário, e por consequência, libertar os espaços nas costas da linha defensiva adversária onde pretende que apareçam os interiores com os movimentos, que referi anteriormente.
Porém, existem algumas nuances que alteram a forma como a equipa joga, como, por exemplo: Quando Pedrinho baixa no terreno formando uma linha de três com os centrais, os defesas laterais já se projetam mais e, são eles a dar a largura à equipa (sendo que o DD procura aventurar-se mais do que o DE, porque vai mais com segurança, isto para salvaguardar uma eventual perda da posse de bola). Os extremos procuram, de imediato, zonas interiores para realizar os movimentos que outrora eram realizados numa primeira fase pelos médios (atacar a profundidade).
Quando a bola está mais perto da baliza adversária, o extremo do lado oposto à bola, procura de imediato juntar-se ao avançado (Navarro) para ser mais uma solução de finalização.
Quando a equipa se encontra em Organização Defensiva, estrutura-se num sistema de 4x4x2, onde o Fujimoto junta-se ao avançado (Navarro). Estes jogadores formam a primeira linha defensiva quando o adversário inicia a sua primeira fase de construção. Realizam comportamentos bastante interessantes, ou seja, um pressiona/condiciona o defesa central com bola e o outro procura fechar a linha de passe do médio mais recuado. Mas, estes movimentos são constantes e realizam uma basculação completa dependendo da bola.
Também verifiquei que, existe uma grande cumplicidade, coordenação e a comunicação entre os jogadores, vemos isso no vídeo. Onde nos deparamos com o defesa esquerdo acompanhar o seu opositor direto e o médio centro procura logo acompanhar um adversário que procurava aproveitar o espaço deixado pelo defesa lateral.
Por último, e não menos importante, verifiquei que uma das suas fragilidades é o espaço nas costas da sua linha média. Onde o médio do lado da bola procura subir para condicionar o adversário. Mas o médio centro do lado oposto, na minha opinião está mal posicionado, isto é, deveria estar mais recuado para dar cobertura defensiva ao seu colega da zona intermédia.
Redigido por João de Deus
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