Fim da linha para Bruno Lage após mais uma derrota, agora com o Marítimo, na qual erros defensivos já habituais na equipa vieram novamente ao de cima.
Depois de uma primeira parte em que o Benfica dominou e o Marítimo praticamente não conseguiu sair do seu último terço, eis que na segunda parte com a saída de Samaris e Cervi, com a entrada de unidades ofensivas e com a subida de praticamente todas as peças na tentativa de alcançar a vitória, o Benfica perdeu o equilíbrio defensivo e pôs a nu lacunas já vistas noutras ocasiões.
Ferro continua com muitas dificuldades no controlo do espaço nas suas costas, especialmente, na abordagem em momentos de um contra um em que a linha defensiva está subida. Falta de agressividade, lentidão, falhas posicionais e tomadas de decisão inadequadas são as principais lacunas do central e que são por demais evidentes no vídeo abaixo. Com jogadores com a potência e habilidade motora de Nanú - capaz de ser desequilibrador em espaços largos - mostrar abordagens como Ferro mostrou, torna fácil a tarefa para quem ataca.
Outros erros coletivos foram também visíveis desde alguma passividade, falta de compromisso defensivo de jogadores ou tomadas de decisão inadequadas, por exemplo relativas a timings e momentos de pressão. Tendo em conta o autoconhecimento que a equipa já deveria de ter, descartar a falta nos dois lances de golo parece-me algo incompreensível.
Seja em qualquer momento, mas com especial relevo para a fase negativa que o Benfica atravessa e olhando para as incapacidades da linha defensiva, desequilibrar a equipa para colocar pontas-de-lança que pouco oferecem em termos de criação ofensiva, é como dar tiros nos próprios pés.
Duas situações de vantagem numérica transformaram-se rapidamente em golos do Marítimo. Perceba os porquês!
REDIGIDO POR: Diogo Coelho
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