Nada pode tirar o feito que a equipa de Ricardo Soares fez no Dragão, mas para isso contou com um Pedrinho a alto nível exibicional, nada que surpreenda até porque fora do top-3 nacional, tem sido um dos melhores médios do nosso campeonato. A sua compreensão tática evoluída deu solução ao meio campo do Gil Vicente, estando sempre bem posicionado sem bola, onde raramente caía na tentação de pressionar alto para não deixar espaço entre a sua linha média e a linha defensiva, onde Pepê, Mehdi Taremi e até Evanilson podiam aparecer para ligar o ataque portista. Também essencial nas coberturas pós-perda, onde algumas vezes apareceu no espaço entre central e lateral para ocupar espaço vazio.
Com bola, foi sempre o farol e o “GPS” da equipa gilista. Seja a sair da pressão com qualidade, através do drible, da sua capacidade de passe, associação e visão de jogo, seja a movimentar- se para ser opção de passe válida e até a indicar aos colegas, qual é a melhor solução para sair a jogar.
Foi mais uma exibição de alto nível (mais lúcido na 1ª parte) em que se mostrou essencial para o resultado no Dragão e para que o Gil Vicente continue a sonhar com a presença numa competição europeia na próxima época.