Breves sobre o lado tático do Clássico da Taça
- Bruno Francisco
- 6 de mar. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 8 de mar. de 2022

O Sporting recebeu o Futebol Clube do Porto no jogo que contava para a primeira mão das meias finais da Taça de Portugal. O FC Porto acabou por vencer o jogo por 1-2 numa batalha tática que praticamente acabou por anular as duas equipas na primeira parte.
Do lado do Porto, Sérgio Conceição abdicou da raça e criatividade de Otávio para dar lugar a Grujic na procura de encaixar nos dois médios do Sporting. Vitinha iria encostar em Ugarte, enquanto Grujic iria estar de olho em Matheus Nunes para evitar que este se sentisse confortável e estivesse confiante para as suas investidas que por norma fazem estragos nas linhas de pressão adversárias.
Já do lado de Ruben Amorim, o Sporting devido à ausência de Feddal e Pote, optou por colocar Nuno Santos como avançado pela esquerda, Reis no corredor esquerdo e Gonçalo Inácio como central pela esquerda para que fosse Neto a ficar confortável do lado direito da defesa.
A ideia de Ruben Amorim era manter a equipa com o seu sistema habitual para que todos se sentissem à vontade num jogo importante. Esta tem sido a ideia base do treinador leonino que pouco tende a mexer nas dinâmicas e sistema da equipa mesmo com as ausências que aqui e ali vão aparecendo. Desta feita, a equipa acabou por sentir dificuldades em construir dado o encaixe tático que Sérgio Conceição incutiu no seu esquema.
Vitinha e Grujic vigiaram de perto os 2 médios centro do Sporting enquanto que Taremi, Evanilson e Fábio Vieira condicionaram a saída de bola dos centrais leoninos. Isto levou a vários momentos em que o Sporting parecia transparecer que faltavam soluções para a equipa sair a construir. Porém, sempre que esta dificuldade foi ultrapassada, Uribe acabou por segurar as movimentações de Paulinho e isto trouxe dois pontos interessantes para o plano estratégico deste jogo:
- Em primeiro lugar, Paulinho sempre com Uribe por perto deixou de conseguir fazer as típicas movimentações até a meio campo que arrastam defesas centrais e que abrem espaço nas costas. Assim como ficou menos associativo para fazer a ligação com os médios ou alas do Sporting.
- Em segundo lugar, libertou os centrais para controlarem as diagonais dos avançados Sarabia e Nuno Santos e deixou a defensiva do Porto quase sempre confortável.
Sempre que Paulinho se conseguia soltar, o Sporting criava perigo.
A segunda parte começou com o Sporting a abrir o marcador num grande golo de Sarabia e com o Porto a ter de colocar mais criatividade em campo o que veio abrir o jogo, dar mais velocidade e mais oportunidades de golo para ambas as partes. Ruben Amorim foi incapaz de mexer com o jogo com as opções que saltaram do banco, enquanto Sérgio Conceição conseguiu que as substituições tivessem impacto direto no jogo e isso acabou por se refletir no resultado.
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