A dignidade é inegociável para um Homem/Mulher de honra assim como é a ideia de jogo para nós treinadores, contudo acredito que é vital ser flexível para que esta seja mutável em função do contexto. Assim sendo, entramos no âmbito do modelo de jogo que consiste na interação da ideia de jogo com a natureza do plantel à disposição, originando os alicerces pelo qual se sistematiza o treino conduzindo-nos às seguintes problemáticas:
Sistema Tático
Métodos de Jogo
Princípios Macro-Dinâmicas intersectoriais e Grupal
Princípios Micro-Dinâmicas sectoriais e individual
Tomando como ponto de partida o momento de organização ofensiva, é importante ter em consideração o método de jogo ofensivo em causa para dissecar os princípios de jogo. Estes são entendidos como os fios condutores dos comportamentos dos jogadores, personificando a célebre frase de José Mourinho “a Descoberta Guiada”. Os princípios, ao invés das regras que mecanizam as acções dos jogadores castrando a possibilidade do acréscimo do seu talento à ideia de jogo, são as linhas gerais que orientam a tomada de decisão sem retirar a interpretação e autonomia destes.
Ao estabelecer as nuances de como se pretende jogar, torna-se possível a criação do exercício de treino sendo este a ferramenta mais importante que possuímos. A riqueza/qualidade do mesmo está associada à quantidade de variáveis que oferece aos jogadores, tendo sempre na sua matriz a natureza do jogo (aberto – caos). Na sistematização destes é fundamental, além da ideia de jogo, o processo de periodização que consiste na distribuição das cargas de treino durante a semana, para que a equipa se apresente no dia do jogo nas melhores condições. Para tal se verificar é imprescindível a manipulação do trinómio espaço-tempo-número que permite definir o regime fisiológico do exercício de treino, sendo estes os seguintes parâmetros:
Espaço - do exercício
Tempo - de execução e de pausa
Número - de jogadores em atividade
Como forma de conclusão deste artigo, segue-se um pequeno vídeo da minha ideia de jogo no momento ofensivo sem a intenção de a impor como uma verdade absoluta, mas antes como um possível caminho a explorar, uma vez que acredito ser importante a partilha de identidade para que seja possível a constante transformação/evolução do jogo.
Redigido por Joel Rodrigues
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