O Casa Pia de Filipe Martins é das equipas que melhor joga na 2ª Liga Portugal SABSEG 2021/2022.
Atualmente, a lutar pela subida, a equipa de Pina Manique apresenta aspetos interessantes no seu jogo e individualidades que fazem prever um futuro risonho a curto e médio prazo.
O técnico Filipe Martins independentemente da sua ideia de jogo, procura ir ao encontro das virtudes dos seus jogadores e, esse é um dos fatores que tem vindo ajudar a equipa a ter sucesso.
O Casa Pia ofensivamente procura estruturar-se num sistema de 3x4x3, onde inicia a sua construção através de um jogo combinativo, procurando inicialmente sair a jogar de uma forma apoiada.
Os defesas centrais iniciam o processo ofensivo da equipa, dois ficam abertos e o outro sobe para a posição do Pivô. Ambos os Laterais procuram dar largura à equipa.
Pelo meio, temos a aproximação dos médios. A dupla do meio-campo é muito móvel e versátil, procuram ser uma opção de passe para a equipa sair a jogar desde trás, contudo sabem que o adversário muitas vezes procura condicionar o seu jogo, e por isso, atraem para libertar espaço nas costas da linha média adversária. O trio da linha avançada procura constantemente movimentações aleatórias, com um dos jogadores a recuar e os outros dois a atacarem mais a profundidade.
Quando não conseguem sair curto, procuram jogar longo, nomeadamente, para Jota, que depois de receber tende a explorar, via passe, o espaço onde aparecem os outros dois jogadores que atuam na linha da frente, ou procura segurar e esperar pela equipa.
Existem nuances que são bastante simples, mas que o adversário sente imensas dificuldades em anular. A equipa orientada por Filipe Martins, procura constantemente o recuar do extremo para atrair o defesa central ou o defesa lateral para que o ala ataque o espaço criado pelo colega de equipa.
É uma equipa que mostra variabilidade na procura de espaços em zonas mais adiantadas do jogo. Em muitas situações, quando não consegue ferir o adversário com o ataque à profundidade como vimos anteriormente, procura aproveitar o recuar do Extremo para explorar o espaço nas costas da linha intermédia do adversário. Os extremos são rápidos e fortes no 1×1, procurando situações de finalização ou de desmarcações dos colegas de equipa.
Quando a bola está mais perto da baliza adversária, o extremo do lado oposto à bola, procura de imediato juntar-se ao Avançado para ser mais uma solução de finalização.
Redigido por João de Deus
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