A letra de Jéssica Silva, a chapelada de Carolina Mendes, o Covid-19 e o quinto título para a Suécia
Com a desistência da Dinamarca da competição devido a casos de Covid-19, a organização alterou o formato e realizou um jogo de atribuição do 3.º e 4.º lugar.
A Suécia foi a grande vencedora da competição. Num duelo frente à Itália que apenas ficou decidido nos penaltis. Para a história fica um jogo muito bem disputado, competitivo e com uma surpreendente seleção italiana, que até fez o primeiro golo do encontro, mas as suecas viriam a empatar.
Com esta vitória, as suecas conseguem o seu quinto título, depois das conquistas de 1995, 2001, 2009 e 2018.
As italianas, além do segundo lugar na prova, levaram para casa dois prémios individuais: o prémio de melhor jogadora, atribuído a Barbara Bonansea, jogadora da Juventus. As exibições, o golo e as duas assistências deram-lhe o voto de confiança dos treinadores presentes na competição; e o de melhor marcadora para Valentina Giancintini, jogadora da Fiorentina, que marcou por duas vezes. Quem também bisou foi Celine Bizet, internacional norueguesa e jogadora do Paris SG.
E sobre Portugal? Habemus futuro.
A Equipa das Quinas entrou com o pé direito, num jogo de talento, classe e magia, venceu a Noruega por 2-0. Uma exibição de gala, com personalidade e as diferenças do ranking não se fizeram sentir. Sim, não esquecer que a Noruega é a 12º classificada. Mas…um passe de letra de Jéssica Silva finalizado com uma chapelada de Carolina Mendes, caracterizam bem a exibição, vitória justa.
No segundo jogo, diante da Suécia, as comandadas de Francisco Neto, não conseguiram contrariar o poderio sueco, apesar de uma primeira parte de qualidade, com bons indicadores e onde conseguiram anular o jogo das referências suecas.
Porém, depois do intervalo, a história foi outra. Quatro golos sem resposta, mostraram a eficácia sueca, sobretudo nas bolas paradas, e a fragilidade de Portugal.
À terceira não foi de vez: Portugal disputou um lugar no pódio frente à Noruega, mas perdeu.
Algumas alterações no onze inicial e a ‘vingança’ das norueguesas. Neste segundo encontro, a Noruega conseguiu impor a sua qualidade, e apesar de não ter criado muitas oportunidades no último terço do terreno, controlou a primeira parte e chegou ao golo, perto dos 20’ de jogo. Na segunda parte, viu-se mais Portugal, Francisco Neto mexeu na equipa e colocou mais experiência em jogo.
Resultado: mais posse de bola e maior progressão no terreno.
No entanto, a 10’ do final, as norueguesas ‘mataram’ o jogo, com o dois zero e garantiram o terceiro lugar.
Portugal conseguiu um honroso quarto lugar…além de que, a Equipa das Quinas atravessa um dos seus melhores momentos, desde que falhou o apuramento para o Europeu. A equipa tem vindo a crescer, a aperfeiçoar-se e a mostrar muita qualidade. Apesar destas duas derrotas é de destacar os pontos positivos: a dinâmica criada; a consistência defensiva; a profundidade do plantel e a enorme qualidade das jogadoras.
Todos estes fatores permitem uma maior variabilidade de soluções. Um trabalho que não é de hoje, que leva tempo, dedicação, esforço e resiliência mas que nos coloca no caminho certo.
Por Sara Salgueira
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