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Scouting Alert - Jovens jogadoras a manter sob olhar atento



Uma seleção feita a partir do trabalho que têm desenvolvido nas suas equipas. Apesar de muitos jovens e com margem de progressão enorme, estas atletas já são peças chave nos seus clubes e/ou seleções e irão, possivelmente, dominar o cenário do futebol feminino na próxima década.


Athenea Del Castillho (Cantabria, Espanha, 24 de outubro de 2000)


A sua posição é de extremo, jogadora do Real Madrid e internacional A da Seleção Espanhola desde outubro de 2021. Antes da sua chegada à capital, vestiu durante duas épocas as cores do Deportivo da Coruña, onde jogou 49 jogos e marcou 11 golos.


É uma avançada com características muito móveis, costuma jogar na ala direita, uma das suas skills é a qualidade e imprevisibilidade nos movimentos, costuma procurar a linha lateral e vir para dentro; também é muito forte nos confrontos individuais devido à sua qualidade técnica nos dribles; facilmente passa pela jogadora adversária e cria movimentos de rotura, é uma jogadora bastante rápida.


Esta época no Real Madrid leva 19 jogos, 5 golos e 2 assistências.



Lena Oberdorf (Gevelsberg, Alemanha, 19 de dezembro de 2001)


A sua posição é médio-centro defensivo. Aos 20 anos. Oberdorf marcou 6 golos nas primeiras 12 partidas da Bundesliga feminina. Um número ainda mais surpreendente, tendo em conta que a sua posição de base é mais defensiva.


Um dos seus maiores trunfos é a flexibilidade em desempenhar uma variedade de posições dentro de campo, normalmente varia entre posições durante os jogos, dependendo das necessidades da equipa, é extremamente versátil.


Este tipo de flexibilidade é extremamente incomum, é uma jogadora criativa, tem muita precisão e qualidade nos passes longos, criando uma variabilidade de jogo, é muito forte fisicamente e muito intensa a defender, capaz de ganhar os confrontos corpo a corpo com as adversárias, é muito inteligente na ocupação de espaços, tanto a defender como a atacar.


Como referido anteriormente e embora ela seja talentosa o suficiente para jogar em várias posições ao longo do campo, é provável que a vejamos com mais regularidade a desempenhar um papel defensivo e de posse, pois é o que tira o melhor dela para o jogo.

Com um papel no meio-campo como pivot duplo que lhe permite a liberdade de avançar quando surgem oportunidades, poderá ser o sistema que melhor a beneficiarão a ela e ao jogo.


Jordan Huitema, (Chilliwack, Canadá 8 de maio de 2001)


A avançada do Paris Saint, chegou à Europa vinda do Vancouver Whitecaps e começou a impressionar desde muito cedo. Huitema tem sido uma revelação em todos os escalões e tornou-se uma internacional indiscutível pela sua Seleção com apenas 20 anos.

Para uma avançada, o seu jogo é principalmente baseado na fase do ataque do jogo e, dependendo do tipo de ataque e características do jogo. É uma jogadora rápida, móvel e taticamente inteligente, um dos seus pontos fortes é a sua inteligência em campo que pode ser vista no jogo de ligação que faz com o meio campo é parte do seu estilo de jogo a ocupação de espaços baseada nesta ligação.


O seu posicionamento é obviamente uma característica fundamental, mas é as suas jogadas de ligação que tornam o seu jogo ainda mais impressionante; é capaz de permitir que as outras jogadoras se movam para posições mais ofensivas de costas para o golo, pois lê muito bem as jogadas.


Na área ela é uma avançada clínica, rápida, possui muita inteligência nos seus posicionamentos e é muito forte no jogo aéreo devido à sua altura.


Huitema tem mostrado imenso potencial e grandes qualidades, com mais tempo de jogo e confiança nos jogos mais importantes, ainda tem muito espaço para crescer, todos os sinais apontam para que ela se torne numa avançada de classe mundial, há mesmo quem a compare à sua compatriota Christine Sinclair, uma jogadora lendária, que é a melhor marcadora da história das Seleções de futebol feminino.




Francisca Nazareth, (Lisboa, Portugal, 17 de novembro de 2002)

Kika começou a seu percurso no futsal n’Os Torpedos, durante cinco anos,até que em 2016 mudou-se para o futebol de onze, onde passou pelo Futebol Benfica e pelo Casa Pia, até que, em 2018, integrou o projeto do SL Benfica.


Estreou-se pelas encarnadas em abril de 2019, com apenas 16 anos, fez uma estreia de sonho que foi abrilhantada com um golo. Ao longo do tempo tem tido uma evolução tranquila, mas firme, tanto no clube como na Seleção.


Capaz de jogar em qualquer posição do ataque, Kika precisa de liberdade para colocar em campo a sua criatividade, procura a posse de bola ativamente, não se inibe de assumir protagonismo na construção de jogo, e assume influencia no último terço, tanto a assistir como a finalizar, um típica ’10, ainda que possa passar pela posição mais adiantada do ataque ou até mesmo jogar pela ala.


A encarnada pode surgir em qualquer lado do campo e em qualquer momento do jogo; tem a capacidade de jogar entre linhas com qualidade, com uma recepção de bola apurada e elevada capacidade nos confrontos individuais.


Porém também é competente a fazer movimentos de rotura, nomeadamente no ataque à profundidade; é uma criativa como a própria posição pede, muito elegante com a bola no pé e de fino recorte técnico, oferecendo à equipa uma ligação de setores de qualidade, golos e assistências.


Peça chave no último passe é muito ativa em campo e participa nos vários momentos do jogo, ajuda ainda a defender e consegue ser bem sucedida em grande parte das ações defensivas.


Resumindo, como qualquer boa construtora de jogo, adora ter a bola e está constantemente na procura de oferecer linhas de passe às colegas, joga de cabeça levantada e tem visão de jogo.


No fundo, o destaque dado à Kika parte do facto de ser uma das representantes de uma geração mais preparada, com bases mais sólidas, com recursos mais aprimorados, uma geração com outro potencial, prometendo dar protagonismo ao futebol feminino português.


Trinity Rodman, (California, USA, 20 de Maio de 2002)


É filha da estrela da NBA, Denis Rodman, a mais jovem deste leque de jogadoras.

O destaque principal vai porque fez história ao tornar-se a jogadora mais jovem a ser chamada à liga profissional americana (NWSL), e também a jogadora jovem mais bem paga da liga (US$ 1,1 milhão).


Atualmente joga no Washington Spirit, atual campeão da liga. Na sua primeira época marcou 7 golos e fez 7 assistências, o que a fez ganhar o prémio de melhor jogadora jovem do ano 2021.


É extremo, atua em ambos os lados, onde desequilibra, mas também joga no centro do ataque, devido à sua forte capacidade de dribles e qualidade técnica, muito forte no 1x1, velocista e com muita visão de jogo.


O mais fascinante nela, é que com 19 anos o seu jogo mental é muito evoluído e acima da média, principalmente nos posicionamentos que faz sem bola: porque uma das suas grandes qualidades é a inteligência da leitura tática; muito madura dentro de campo, onde dá muita profundidade e largura ao jogo; a forma como pensa e ocupa os espaços, sabe sempre onde se posicionar para receber a bola e tem muito critério na definição, tanto marca como assiste.


Com a resistência física que tem, consegue avançar e voltar rapidamente à sua posição, o que é importante para ajudar na transição defesa-ataque, possui ainda um jogo muito ágil e rápido completamente essencial em qualquer equipa.

É uma jogadora muito especial, tem talento e grande potencial, pelo que já mostrou com a sua Seleção. Tem o que é preciso para atingir patamares mais altos.



Menções Honrosas: Podiam-se referenciar outras tantas jogadoras que devem ser observadas, como Jessie Fleming (Chelsea), Jule Brand (Wolfsburg), Sophia Smith (Portland Thorns), Ella Toone (Manchester United), Maite Oróz (Real Madrid), Jana Hernández (FC Barcelona), Ewa Pajor (Wolfsburg), entre outras.

Bibliografia:



Redigido por Sofia Marques

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