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Pepê e Fábio Vieira - Sejam bem aparecidos!



Sérgio Conceição trouxe a jogo dois jovens que têm vindo a ter uma menor utilização pela grande competitividade dentro do plantel do FC Porto. Com fome de mostrarem o seu talento entraram em campo desinibidos, soltos e a entenderem da melhor forma o seu papel que cada um teria de incorporar para este clássico.




Ambos formavam a primeira linha de pressão que condicionava os dois centrais do Benfica e os obrigava muitas vezes a jogar longo. Mesmo não tendo a agressividade e intensidade na pressão de Evanilson e Luis Díaz, conseguiram ser bastante úteis neste papel que estão menos qualificados pelas suas características enquanto jogadores.


Com bola marcaram a diferença em registos diferentes.


Fábio Vieira apresentou-se entre a linha média e linha defensiva do Benfica, recebendo nesses espaço reduzido e tentado ser o elo de ligação para o desenvolvimento de jogadas ofensivas. O português pela sua técnica individual e eficiência no gesto conseguiu ações consecutivas que aproximavam a sua equipa do último terço. Atraía por dentro para depois a equipa explorar o corredor ou a profundidade. Percebia na perfeição os momentos em que devia recuar para receber ou, não sendo ele a receber entre-linhas, para realizar rutura na linha defensiva (o lance do 2º golo é exemplo disso). Dono de um pé esquerdo com nível de execução absurdo que lhe permite ser perigoso em remates, cruzamentos ou em lances de bola parada.


Precisa de mais tempo de jogo para evoluir aspetos no seu jogo que necessitam de ser melhorados e para estimular atributos que já possui. Tem tudo para ser figura da Liga Bwin assim que isso aconteça.



Já Pepê ocupou o lugar de Luis Díaz, no entanto posicionava-se quase sempre dentro do bloco encarnado, entregando o corredor a Zaidu. O brasileiro um jogador ágil, veloz e que consegue executar as suas ações de forma rápida e eficiente. Tal como Díaz no clássico anterior, Pepê foi o responsável por várias diagonais a romper a linha defensiva encarnada (o golo que lhe foi anulado é espelho desse movimento). Apareceu em zonas de finalização, conseguindo marcar um dos golos de cabeça.


O ex Grémio é um extremo muito completo, virtuoso, forte no drible, capaz de jogar por dentro, mas também fazer a diferença pela movimentação a explorar as costas da defesa.


Renato Paiva dizia no programa "Futebol Total" do Canal 11, que poderia estar ali outro Luis Díaz (referindo-se ao potencial e não às características do jogador) e que Pepê era mais completo que Éverton (extremo do Benfica). Tendo a concordar com as palavras do treinador português.


É, sem dúvida, um projeto de jogador interessante que terá este ano o tempo de adaptação para que na próxima temporada tenha um rendimento elevado.



Redigido por Diogo Coelho



Fundador do projeto Pensar o Jogo

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