Geração de 2004: 3 extremos esquerdinos que prometem!

Quem está atento ao mundo do futebol percebe o quão raro é encontrar extremos esquerdinos de potencial elevado. Cada vez mais os grandes clubes detetam jogadores que cedo se destacam em idades tão precoces para que os consigam adquirir a preços mais baixos. Os três nomes que vos irei falar são todos eles da geração de 2004 e já têm sobre si os atentos olhares de tubarões europeus.

Mohamed-Ali Cho

Extremo do SCO Angers que parte da ala para terrenos interiores, vertiginoso, agressivo no ataque ao espaço e com características que o tornam um extremo bastante versátil. Com capacidades condicionais invulgares ainda para mais tendo em conta a sua idade: veloz, ágil, grande capacidade de aceleração e com força para aguentar a carga do adversário. Estas características físicas permitem-lhe ser um perigo constante no ataque à profundidade e ser difícil de parar quando o espaço para jogar é maior.

Drible fácil em espaços curtos e ainda mais quando tem espaço para alargar a passada. Embora se sinta mais confortável a partir da ala para o meio, também pode jogar mais centralizado na posição de avançado, aproveitando bastante o espaço nas costas da linha defensiva. Capaz de jogar por dentro em espaços reduzidos, com bom primeiro toque, no entanto peca algumas vezes na tomada de decisão, algo normal na sua idade.

Também ainda a precisar de limar a sua finalização (apesar de ser um jogador com golo!), movimentos sem bola em zonas ofensivas e ações com o pé não dominante.

Sendo já titular do Angers oferece-lhe estímulos constantes para continuar a evoluir. Parece-nos o jogador mais maturado destes três nomes e prevemos um potencial para se tornar um extremo/avançado de classe mundial.

Ângelo Gabriel

Mais um extremo da formação do Santos FC, de onde vieram por exemplo Rodrygo, Robinho e Neymar. Com apenas 16 (!!) anos, tem já 29 jogos pela equipa do Peixe nesta temporada, o jovem extremo é um desequilibrador de excelência. Apresenta tremenda capacidade de drible sempre em velocidade, qualidade técnica bem evidente e remate fácil quando vem para zonas interiores.

Com velocidade de passada e de execução de nível elevado, engana e contorna adversários e desmonta linhas defensivas.

Precisa que as suas ações individuais sejam melhor enquadradas na dinâmica coletiva da sua equipa e ainda tem um longo caminho a percorrer ao nível da definição em zonas de criação e finalização.

Descaramento, personalidade e improviso nas suas ações do extremo do Peixe, que faz lembrar muitas das características de Arjen Robben.

Abdul Fatawu Issahaku

Jovem ganês que pode atuar como médio ofensivo, extremo direito ou esquerdo. Já conta com duas internacionalizações pela seleção principal do Gana e atua no Steadfast FC do seu país natal. Nos últimos tempos têm despontado alguns jovens promissores ganeses, com destaque para Sulemana e Kudus, Fatawu é mais um nome que podem acrescentar como atleta de potencial elevado.

Fatawu parte normalmente da direita e utiliza o seu pé esquerdo para definir em zonas interiores. Dos três nomes falados é aquele que apresenta melhor definição em espaços reduzidos. Á imagem do típico extremo africano, apresenta excelentes capacidades condicionais. Muito forte ao nível da aceleração e na capacidade para ganhar duelos. Irreverente, inteligente e com boa qualidade técnica; parte para cima do adversário em drible sendo na maioria das vezes eficaz, principalmente quando tem espaço para aplicar a sua velocidade. Corta para dentro e define com uma qualidade bastante apreciável para a sua idade. Tem uma boa técnica de remate em bola corrida e em livres a médias e até longas distâncias.

Agressivo e com comprometimento defensivo bastante interessante.

Redigido por: Diogo Coelho

Revisto por: Carolina Zeferino