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Bernardo Silva, o “maestro” de Manchester



Desde os tempos de Benfica e promessa da formação dos encarnados, à pouca utilização do mister Jorge Jesus, até ao Mónaco e, por último e atualmente no Manchester City. A qualidade que este menino sempre mostrou é inconfundível e bastante percetível quando observamos o seu jogo.


Um pé esquerdo requintado aliado a uma visão de jogo criativa e à sua capacidade de imprimir velocidade através do drible.


Uma palavra? Apenas Magnífico” – Pep Guardiola

Quer mais no centro do campo a pautar os ataques da sua equipa, acelerando e desacelerando o jogo, ou a desbloquear linhas de passe para o último terço do terreno, a classe e o futebol que Bernardo transporta nos seus pés e na sua mente é apaixonante para aqueles que ainda apreciam o futebol escrito pelo jogador na sua essência. Enquadrando o jovem português com o modelo de jogo preconizado por Guardiola, Bernardo acaba por ser o fio condutor e elo de ligação na organização ofensiva dos cityzens.


Ao analisarmos o jogo do City percebemos que Bernardo Silva quer a aparecer em espaços mais centrais, quer com desmarcações e progressões pelos corredores aparece como um desequilibrador com “carta livre” para deambular pelo campo, de uma forma apreciada e potenciada por Guardiola.


Bernardo Silva mostrou que eu não estava enganado” – Pep Guardiola

Jogador chave na 2.ª fase de construção, com inteligência gere o ritmo, imprime velocidade no jogo, aparecendo com muita mobilidade no último terço do campo, demonstrando grande capacidade de finalização, mais descaído à direita, mas com tendência e missão de conduzir para o corredor central.


O seu talento e o seu conhecimento e leitura de jogo permite-lhe ser um jogador capaz e imprevisível em todos os momentos do jogo.


Pegando numa análise detalhada ao Bernardo, desconstruindo o seu jogo conseguimos perceber que a organização ofensiva do City passa muita vez pelos pés do português. Identificando a 1.ª fase, Bernardo é interveniente baixando muitas vezes na linha dos centrais sendo das 1.ªs opções para pensar o jogo e organizar a partir de trás. Tem a facilidade de jogar em qualquer posição no meio campo, quer descaído mais à direita ou à esquerda, procura ser sempre uma linha fiável e segura, mostrando sempre grande mobilidade e capacidade de desmarcação.


Na 2.ª fase da Organização Ofensiva, mostra grande capacidade para jogar mais perto e curto, combinando com os colegas, ou utilizando o seu passe longo para a rutura já no setor atacante, de realçar a sua disponibilidade para o ataque, ou entrando na desmarcação vertical ou sendo uma cobertura próxima para os colegas, Bernardo mostra-se com disponibilidade total para envolver o ataque aparecendo quer nos corredores quer no centro do terreno, fletindo muitas das vezes da lateral para o centro para finalizar. Bernardo Silva assume a organização ofensiva do City, como construtor de jogo, criador, homem do último passe e, até finalizador.


Defensivamente, vemos uma agressividade tremenda na reação à perda da bola. É dos jogadores mais agressivos da sua equipa a defender, apresenta capacidade para equilibrar a equipa aquando da transição defensiva, mostra uma leitura de jogo e um sentido de missão defensiva muito acima de outros jogadores com caraterísticas ofensivas tão exponenciadas como as dele. Consegue baixar e juntar no bloco, tal como é o primeiro homem a reagir e a fazer falta se necessário. Na recuperação e transição ofensiva mostra verticalidade, indo no 1x1 ou pautando o jogo para a equipa seguir para ataque organizado.


Povoando todo o setor médio desde a construção até zonas de finalização, passando pela criação, é tampão a defender e pensa todo o ataque da equipa. Uma vénia a Bernardo Silva, o maestro de Manchester.


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