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Algarve Cup, o Regresso ...



A Algarve Cup arranca já na próxima semana, já estavam com saudades!?


A competição de futebol feminino vai este ano para a sua 28.ª edição e depois de estar parada devido à pandemia (Covid-19), regressa com um novo formato, apenas jogarão 5 seleções.


E quem serão estas seleções?


Para este ano temos e como já vem sendo hábito, grandes seleções, como a Itália, a Noruega, a Suécia, a Dinamarca, as 4 do top 10 do futebol europeu, e claro, a anfitriã, Portugal.


Seleções que dispensam apresentações, todas bem conhecidas e com um histórico de fases finais de europeus e mundiais. No entanto, vamos observar as suas principais figuras.


Olhando para a Dinamarca não podemos não reparar na sua centrocampista, Pernille Harder, que veste as cores do Chelsea e que foi considerada a melhor jogadora da Europa em 2020/21. Aos 29 anos a dinamarquesa já conta com 131 internacionalizações pela principal seleção onde apontou 67 golos, impressionante, não!?

Contudo, nem só de Harder se faz esta seleção e há que destacar três jovens promessas, que assegurarão o futuro da seleção, como é o caso de Caroline Møller, com 23 anos, Sofie Svava, com 21 anos, jogadoras em destaque na Liga Espanhola ao serviço do Real Madrid, e Signe Brunn que depois de passagens por equipas como PSG e Lyon, veste agora as cores do Manchester United.


Damos um salto até à Noruega que, a par dos Estados Unidos, foi a seleção que mais vezes venceu a prova (5) e é mesmo a última vencedora da competição em Portugal. Com um jogo muito consistente e onde conta com figuras de destaque como Guro Raiten, 27 anos, centrocampista do Chelsea, e que desde os sub-15 veste as cores do seu país; Caroline Gaham, jogadora do FC Barcelona, que em 2011 subiu à seleção A e já conta com 88 internacionalizações e 44 golos e Ingrid Engen, centrocampista, também jogadora das blaugranas e desde 2018 a vestir as cores da Noruega.


Falemos agora da vizinha Suécia e o que dizer das suecas? Número dois do Ranking FIFA, duas vezes vice-campeã olímpica e vencedora da Algarve Cup por quatro vezes. Atualmente, conta com Caroline Seger que fez a sua primeira internacionalização em março de 2005 e nunca mais parou, já são mais de 220. Segue-se Asllani Kosovare, a avançada do Real Madrid, Magdalena Erikson, defesa central do Chelsea, Fridolina Rolfö avançada do FC Barcelona e a promessa Stina Blackstenius avançada do Arsenal. Com um CV invejável é certamente uma das favoritas a vencer a prova, mas será que haverão surpresas? No futebol nada é certo.


Deixamos o Norte da Europa e vamos até ao Sul, Ciao Itália, uma seleção com resultados modestos, mas que nos últimos anos tem vindo a evoluir, ganhando o seu lugar em fases finais de europeus e mundiais. Como figuras principais temos as experientes Sara Gama, defesa central, Cristiana Girelli, avançada, Barbara Bonasea, centrocampista, as três atuam na Juventus e ainda Valentina Giacintini, avançada do Milan. Uma seleção com muitas jogadoras a jogarem em ‘casa’.


E como dizem que o melhor fica sempre para o fim: Olá Portugal!


A Equipa das Quinas ocupa atualmente a 19.ª posição entre as seleções da Europa e 29.ª do Ranking Mundial. Se falarmos de favoritismo é à partida a equipa menos favorita à vitória, no entanto, a armada lusa tem nos vindo a surpreender de dia para dia, com um crescimento notório e com qualidade.


Ao falar de qualidade temos que destacar as veteraníssimas Ana Borges, Dolores Silva, Carole Costa e Sílvia Rebelo, que ao longo dos anos têm sido a base da seleção à qual se junta o bailado de Jéssica Silva e a formação de Catarina Amado, Andreia Jacinto, Andreia Faria e Kika Nazareth, que se têm vindo a destacar nos seus clubes e a ganhar o seu lugar na principal seleção. Uma Equipa das Quinas que como vimos nunca baixa a cara à luta e só quer jogar com as melhores, mais um teste, mais uma aprendizagem e quem sabe se a Algarve Cup não fica em casa. Vontade, trabalho, qualidade e resiliência não lhes faltam, nem faltarão.


Para esta prova Francisco Neto convocou 23 jogadoras, onde não há muitas surpresas, no entanto há regressos, como Sílvia Rebelo, Suzane Pires e Mariana Azevedo e uma curiosidade, o Sport Lisboa e Benfica é a equipa mais representada (7 internacionais), desde a sua criação em 2018.


Portugal defrontará a Noruega na ronda inaugural (16 de fevereiro) e encontrará a Suécia quatro dias depois. Olhando para o histórico entre as seleções, as comandadas de Francisco Neto, estão claramente em desvantagem. Em oito encontros entre Portugal e a Noruega, o placar está com sete vitórias contra uma.


Quanto à Suécia, as seleções já se encontraram por 13 vezes, das quais resultaram onze derrotas e duas vitórias.


É altura de inverter o cenário…


Não temos os mesmos números no que diz respeito às outras seleções, mas temos tido um percurso difícil e, ao mesmo tempo, feliz.

Na convocatória destaca-se a presença do núcleo duro que há muito acompanha esta seleção: Patrícia Morais, Carole Costa, Sílvia Rebelo, Ana Borges, Dolores Silva, que como dito anteriormente, são as jogadoras mais experientes e como tal as mais internacionais.


E no meio da experiência há o olhar e a importância do futuro e Francisco Neto tem estreado e apostado em várias jovens jogadoras, tais como e Andreia Faria, Francisca Nazareth, Andreia Jacinto, Lúcia Alves e Alícia Correia que sempre que entraram mostraram-se à altura do desafio.


No meio desta luta entre David e Golias há a certeza que competitividade e emoção serão os ingredientes principais.


A competição arranca dia 14 de fevereiro e termina a 23 de fevereiro.



Por Sara Salgueira

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