A evolução de Luis Díaz - do Barranquilla até ao topo da Liga Bwin, passando pela Copa América

Luis Díaz, extremo colombiano, chegou ao FC Porto proveniente do Barranquilla na época 2019/2020. Na sua última época na Colômbia destacou-se com 3 Golos e 2 Assistências em 24 jogos o que fez com que o FC Porto desembolsa-se 9 milhões de euros para ver o extremo mostrar toda a sua qualidade no relvado do Dragão.

Na sua primeira época de Dragão ao peito, Luís Díaz já impressionava pelos excelentes indíces físicos e técnicos que, conjugados, faziam dele uma das maiores promessas da nossa Liga. A forma como driblava os adversários a uma velocidade estonteante era de quem possuía uma destreza única e invulgar. Apesar de toda a gente lhe reconhecer talento e potencial imenso, era evidente que ainda estava longe de se tornar um jogador de rendimento. Precisava de melhorar a sua receção em espaços reduzidos e, essencialmente

a regularidade e eficácia nas suas ações, principalmente, no último terço. Além de errar constantemente nos timings de soltar a bola, desperdiçava sucessivamente bolas de golo em frente à baliza.

"Foi antes da copa América que o Luis Díaz fez grandíssimos jogos, vejam quantos golos fez no primeiro ano aqui, a evolução dele. Passa a ideia de que o Luis, para chegar a uma Copa América e fazer aquilo que fez, que aqui não houve um trabalho e evolução do jogador, que veio do Barranquilla." Sérgio Conceição

"A nível individual ganhei muitas coisas com o que aprendi no FC Porto, o que me deixa muito contente e agradecido" Luis Díaz

Mas afinal, o que ganhou Luís Díaz com Sérgio Conceição para ter este rendimento impressionante?

Deixou de ser um desequilibrador nato para ser um desequilibrador que define. Passou de potencial para rendimento.

Passado duas épocas com Sérgio Conceição, sabe agora jogar e receber em espaços curtos com uma grande eficiência em cada gesto técnico, ora orientando com o pé que lhe permite progredir (mesmo que seja o pé contrário- algo que também evoluiu) e acelerar jogo, ora pausando o jogo consoante o contexto. Passou de um jogador extremamente vertical para se tornar num desequilibrador com responsabilidade que verticaliza o seu jogo no momento certo. Por isso, o aumento da eficácia do drible e uma redução substancial no número de bolas perdidas.

Com a saída de Alex Telles, Sérgio Conceição, encostou-o mais ao corredor esquerdo e com esse espaço tornou-se um pesadelo para todas as organizações defensivas pela capacidade única no 1x1 e constantes acelerações sem nunca perder a bola em momentos de progressão.

No último terço tornou-se no jogador mais preponderante de toda a nossa liga. Apresenta um grau de acerto elevadíssimo em zonas de finalização o que permite, tanto aos seus colegas finalizarem nas melhores condições, como ser ele o protagonista do desfecho do lance com números de eficácia absolutamente impressionantes em frente à baliza. Esta temporada não só atingiu como superou os números que obteve na primeira época com precisamente metade dos jogos disputados.

Redigido por Guilherme Adones