O jogo grande da jornada ficou marcado por um domínio por completo do FC Porto sobre o SC Braga. Além do destaque óbvio para o que é hoje o melhor jogador da Liga Bwin, Luis Díaz, damos realce às exibições de Uribe e Vitinha, uma dupla que parece vir para se manter até ao que resta da temporada.
A pressão realizada pelos azuis e brancos, assim como a reação à perda criou um impacto tal na equipa do Braga que não lhe permitiu sair como gosta desde trás em futebol associativo e foram raríssimos os momentos de perigo junto à baliza de Diogo Costa.
Apesar de ser verdade que esta pressão é algo coletivo e trabalhado, a distinta prestação de Uribe merece o nosso destaque. O médio colombiano é a par de Matheus Nunes, o médio com maior andamento da liga portuguesa. O raio de ação de Uribe e a sua velocidade de deslocamento permite-lhe como se diz na gíria "encher o campo".
Cada vez mais maduro e inteligente, o médio dos dragões é o tampão que bloqueia as transições adversárias, mostra-se sempre bem posicionado e tem uma percentagem de ganho nos duelos individuais sempre elevada. É um recuperador de bolas nato que permite à sua equipa manter-se equilibrada e ter durante maior parte do tempo a bola em sua posse.
Frente aos comandados por Carvalhal somou oito recuperações de posse e oito acções defensivas. Além disso, ainda participou no momento de construção, conseguindo perceber os melhores caminhos para início de ataques e ter impacto em zonas mais adiantadas. Somou quatro passes para finalização e uma assistência para o conterrâneo Luis Díaz.
Ficam os seus melhores momentos no vídeo abaixo.
Quanto a Vitinha, torna-se fácil descrever o jogador português. Porquê? Porque puxa pelo nosso lado romântico e a escrita parece que flui quase tão bem como flui o jogo quando Vitinha tem o esférico. É um jogador verdadeiramente apaixonante e aquele a que auguro maior potencial de toda a Liga Bwin.
Se o futebol é espaço e tempo, Vitinha consegue encontrar o espaço quase sempre no tempo certo. É fantástico como todas as suas ações são eficientes, mesmo recebendo em más condições consegue criar do que parece nada, uma situação de continuidade de posse para a sua equipa. Conceição teve a astúcia de colocá-lo como elo de ligação na segunda fase de construção do FC Porto e nos dias que correm a equipa já é melhor em jogo posicional do que era no passado.
Com bola, Vitinha, além da qualidade genial na receção e passe, tem capacidade de iludir e esconder as suas ações. O português dribla, gira e simula, ludibriando por completo os adversários. Joga e pensa a uma velocidade a que só os predestinados estão aptos. Faz jogar o coletivo, descobre os melhores espaços e cria condições para os colegas fazerem o resto da diferença. Com ele todos os outros parecem melhores...
Além disso, tem um bom remate, último passe e já é o homem das bolas paradas, tal é a mestria na sua execução.
Sem bola, é muito competitivo, intenso e agressivo. Está longe de ser um poço de força, mas tem andamento e uma velocidade de deslocamento apreciável.
Frente ao Braga mostrou mais uma vez que é um dos melhores da nossa Liga.
Redigido por Diogo Coelho
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